Outra do, até então, mais inspirado livro de poemas que escrevei - O Poeta Morreu, este soneto sem métrica, como são todos os meus sonetos, nasceu de um útero gélido: um falecido amor deu à luz esta obra, um destes amores que a gente mata na mudez e depois nega a existência do próprio, mentindo homericamente bem para nós mesmos que tal sentimento nunca nascera, a ponto de acreditarmos em tal calúnia que, se verdadeira fosse, abençoada seria. Mas eu não me engano: tal amor nascera, sim. Mas nascera já defunto. E - curioso! - agonizando, coisa que faz até hoje.
E a gente sempre nasce morto
Depois vive com o mal do pé torto
Tendo que andar no meio-fio
O amor é um útero sombrio
E a gente sempre sai de aborto
E vaga como naus longe do porto
Nadando como peixes sem rio
Por duas vezes tive o grande momento
De chorar nessa minha vida,
Uma por fora, outra por dentro...
Uma na entrada, outra na saída:
Ao sair do ventre de minha mãe querida,
E ao escapar de um amor agourento.
Diorgi Giacomolli, 19 de Abril de 2009.
Aguardo o dia em que lerei um poema seu...
ResponderExcluire que neste você exprima a vida...
Sinceramente achei esse poema extremamente gélido...
E creio que é assim que te sentias no momento em que o escrevestes...
Quem sabe se sente assim até o agora...
Di... Aguardo de você um poema quente e colorido!
Pois eu sei aqui aí dentro existe uma vontade de viver...
Com carinho ta grand amie Simone!
Oi Diordi, li seu soneto, gostei por ser forte e profundo, apesar de também ser um tanto angustiante. Apos ter lido, lembrei que nas minhas coisas eu tinha um poema que gosto muito, e que para mim também é forte, mas de um jeito um pouco diferente.
ResponderExcluirEspero que goste.
Abraço, Tatiana Mendes.
SORRIR NOVAMENTE
Das cinzas se vestiu o dia
A noite mais escura ficou
No céu da vida a tempestade
Com seus raios clareou
Mas nada poderia clarear
Aquele dia que atras ficou
Mas o tempo foi passando
Um novo céu se formou
E não havia mais cor cinza
Somente o sol iluminador
Das profundezas da solidão
O cavalheiro viu seu brilho
E conseguiu novamente ver
Que alem do horizonte pode
Ainda haver a esperança
De sorrir de novo...
(Angela lugo)
gostei, e até acho que sei...
ResponderExcluirmas ainda bem não amo e nunca amei ninguém!