Tudo o que te atropela e te interpela, toda roda que te passa por cima, que te subestima, tudo e o tudo em si, estão todos ligados ao tempo, são dependentes desta entidade que tem tantos nomes. Então te vem essa vontade de se individualizar, de estar sempre em um apartheid estranhado e interligado com uma coisa qualquer, que não sabes sequer se tem nome algum. E aí temos a família, os anos a seguir, temos a vigília eterna de somente se ir, temos os desencontros diários com o calvário dos outros, e nada disso temos. Nada disso tem volta. Nada disso tememos. Você concorda?
Eu encontraria
Uma resposta
Uma distração
Talvez
Uma solução
Se loucura
Fosse
Bom
Seria
E a juventude
E a atitude
E o mundo
E a guerra
Uma resposta?
Duas ou três?
E a ironia?
À luz do dia
O sentido
O alarido
O amor
Passando
Sumindo
Entrando
Saindo
A loucura...
Solução?
Uma jura:
A quero então!
Medo da Morte?
A desejo
A almejo
A esqueço
Saio daqui
Algo me diz
Devo ir
E então passa
O amor
A desgraça
Tem cor
É vermelho
É o cabelo
É o espelho
E não me vejo...
E não a vejo!
Então me disse
Então não foi
Então não era
Pra ser
Para nascer
É o destino
É a vida
É o tempo
É a verdade
Entidades
Me mandando
Calamidades
Me afrontando
Me zombando
E sempre é tarde
Estão me vendo
E manipulando.
Diorgi Giacomolli, 25 de Março de 2009.