Vejo mundos que me vislumbram quando me acho escondido. Quando não me acho, nada me vê, então também não me penso, ótimo, ao menos arrogância me falta nessa cara sem vergonha, vergonha nenhuma de vir aqui lhes mostrar estes poemas tão suspensos em cadafalsos. Mas este é o grande momento, minha gente, assistamos à execução! Por favor, aconcheguem-se em seus lugares, que a sessão está para começar! Algum voluntário tenho para chutar o banquinho no qual este poema se apóia? Sim, podem vir, não tenham medo do patíbulo, esta noite ele não quer mais ninguém, apenas Fazer Amor.
Pra quê culpar o amor, se não sabemos quem erra?
Pra quê fazer amor, se o amor já está feito?
Como fazer amor, se o amor está desfeito?
Pra quê fazer amor, se o amor nos fez?
O que fazer com o amor, depois do que ele fez?
O que dizer pro amor, quando fomos tão corruptos?
O que fazer com o amor, quando nos vem tão abrupto?
O que fazer com o amor, quando nos vem tão cedo?
O que esperar do amor, quando do amor temos medo?
Obedecer o amor, quando já controlamos nossos dedos?
Desfazer o amor, quando ele contou nossos segredos?
Como salvar o amor, quando ele já voou com as plumas?
Salvar o amor, se ele nos largou às brumas?
Fortalecer o amor, quando estamos tão fracos?
Pedir força ao amor, quando o amor está em cacos?
Diorgi Giacomolli, 08 de Agosto de 2008.
Muito belo
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